domingo, 6 de julho de 2014

4209 - Dona Noca

Dona Noca, em 1924, numa atuação
teatral




Dona Noca em reunião do Lions Clube, em 
1960: 36 anos depois, a mesma fisionomia
O pai da dona Noca se chamava  Adalberto Moojen. Ele era filho do renomado médico Jorge Guilherme Moojen, que veio morar em Montenegro no ano de 1886 e implantou o primeiro hospital da cidade.
Ele casou-se, em Montenegro, com Luiza Jahn e o casal teve três filhas: Ilsa, Ilma e Ilka. Essa última conhecida pelo apelido de Noca. 
Adalberto era formado em farmácia, tendo sido aluno muito destacado no curso que fez em Porto Alegre. Praticava a medicina, o que era permitido na época, e era muito generoso com  os pobres, dando-lhes assistência gratuitamente. O que fez com que uma rua de Montenegro fosse identificada com o seu nome. Era dono de uma farmácia que ficava na esquina onde hoje se encontra a agência  do banco Santander, em Montenegro. 
Ilka Eestudou no Colégio Sinodal, de São Leopoldo e, no início da década de 1920, atuava em peças teatrais de um grupo amador formado por sócios do Clube Riograndense. Ali conheceu  Arno Weissheimer, proprietário de uma distribuidora de bebidas situada na rua Capitão Cruz e casou com ele. O casal teve quatro filhos: Arnaldo, Gastão,Vitor e Doris. 
Egon Schaeffer, quando estudou no Colégio Sinodal, foi colega de Gastão Weissheimer, tornando-se amigo dele.
Nos fins de semana, Egon costumava ir a Montenegro, na casa de parentes, e passava bastante tempo na casa do amigo Gastão. Sua mãe, Dona Noca, tocava muito bem o piano e Egon, que havia tomado algumas lições desse instrumento, e se atrevia a tocar também, recebendo elogios de Dona Noca. Ela, seu marido e também seu pai gostavam de ouvir Egon cantando e tocando seu violão.
Ilka era a mais famosa doceira da cidade e não dava conta dos pedidos.
Era especialista  em tortas e confeitos. 
Arno Weissheimer foi presidente do Clube Riograndense e também do Lions Club. 
O casal residia na rua José Luis, numa casa de dois pisos, a primeira ao lado Banco Sul Brasileiro, atual Santander, que ficava na esquina com a rua Ramiro Barcelos.
A família de Arno e Ilka era uma das mais importantes de Montenegro e, em alguns eventos, dona Noca dava consertos de piano.
Seu tio Antônio Moojem, mais conhecido como Tonico, foi um dos primeiros dentistas de Montenegro e era filho de Jorge Guilherme Moojem que em 1899 construiu o 1* hospital de Montenegro.

Foto do acervo de Romélio Oliveira - fontes: Elisa Moojen Arpini (filha de Tonico Moojen) e Egon Schaeffer

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