As bombas de gasolina eram instaladas em
prédios que não eram feitos para essa finalidade
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Tem que esclarecer que todos os adolescentes daquele tempo queriam entrar rápido em um trabalho para ganhar alguns trocados que fosse. Não existia essa proibição de menor de idade trabalhar. Eu e muita gente da minha geração, hoje, damos graças a Deus por isso. Não pode isso e aquilo e, desse jeito, estamos criando poltrões ou florzinhas-não-me-toques. Então o amigo do meu pai fez a pergunta final:
– És firme em cálculos?
Puxa vida, não tinha contado com isso. Eu não era. Antes das calculadoras manuais, você tinha que fazer as quatro operações de forma rápida e precisa com lápis e papel. E do frentista exigia-se isso, para calcular quanto o cliente tinha que pagar por xis litros de gasolina vezes o preço quebrado do litro. Acabei não conseguindo o emprego porque eu não era bom em cálculos.
Há pouco tempo, lembrei desse episódio e fiquei matutando qual seria meu futuro financeiro se eu tivesse conseguido o emprego de frentista. E à luz de hoje, foi até bem melhor. Naqueles tempos, a bomba não fazia CLIC quando a gasolina atingia o sensor. Tinha de saber quando o taque estava cheio no olho e, principalmente, no ouvido.
Imagina uma bomba sem CLIC.
Foto de um posto de gasolina antigo
Foto de um posto de gasolina antigo
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