domingo, 25 de fevereiro de 2018

5319 - Memórias de um professor

A rua principal de Nova Petrópolis leva o, nome de um professor que muito contribuiu para o desenvolvimento da cidade: Frederico Michaelsen

Esta e as seguintes postagens tratam da história de Fredeico Michaelsen (pai de Jacob Michaelsen, que foi um dos grandes empresários da navegação fluvial no Rio Grande do Sul nos século XIX e XX, e avô de Egydio Michaelsen. relatada por Luiz Alberto de Souza Marques na obra Memórias de um professor: a instigante história de vida do professor Frederico Michaelsen

 O eixo principal do texto consiste numa carta endereçada pelo professor ao jornal Deutsche Zeitung de Porto Alegre, em junho de 1889, em que relata a difícil, e não menos curiosa, trajetória de um professor nos primeiros anos da nova colônia, a partir de sua dispensa do Exército brasileiro e do batalhão de artilharia contratado na Alemanha e conhecido como “Soldados Brummer”. 
A pesquisa não se atém somente aos dados biográficos do professor Frederico, mas procura contextualizar, em sua singular trajetória, as condições da sua vinda para o Brasil, a guerra contra o ditador Rosas (Argentina), a permanência no Rio Grande do Sul, a vida na nova colônia e o exercício do magistério, entre outras atividades comunitárias que tecem essa instigante e curiosa história de vida. A técnica utilizada para a montagem do trabalho foi a de abertura do texto da carta e, nele, a inserção dos diferentes episódios, acompanhando a narrativa de Frederico Michaelsen. Palavras-chave: História de vida. Memória. Educação. História da educação. Resumo Recebido em: 2/6/2009 – Aprovado em: 25/6/2009 * Doutor em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor e pesquisador na Universidade do Sul de Santa Catarina, no Programa de Pós-Graduação em Educação. E-mail: luiz.marques@unisul.br 72 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 16, n. 1, Passo Fundo, p. 71-84, jan./jun. 2009 72 Landesknecht! Mercenário para servir o Brasil? Brummer! É vergonhoso e digno de pena ver-se como mercenário de uma nação estranha. Mas quando se segue com espírito humilde o enrodilhado destino que levou a cada qual a encetar tal caminho, então se aprende a julgar o seu fazer e agir. Leviandade, gosto de aventura, desconhecimento, apertos e outros acontecimentos empurram a uns tantos passos dos quais a gente se arrepende mais tarde. Não era meu desejo vender-me como mercenário de guerra, quando em 1851 cheguei a Hamburgo. Mas os “prementes acontecimentos” foi que me fizeram deixar cair nas mãos de um grupo de alegres irmãos, que se haviam engajado. E assim me deixei embrulhar e segui também para o Brasil. (LENZ, 1997, p. 15).

MEMÓRIAS DE UM PROFESSOR Luiz Alberto de Souza Marques 

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